terça-feira, 28 de abril de 2009

Acho que uma das coisas mais difíceis do ser mãe é sentir-se dispensável, e ás vezes até perceber que, não raro,mãe atrapalha.

Passei o final de semana inteirinho, quando fomos pro sítio de uma amiga, tentando fazer ele mergulhar na piscina.

É assim, ó filho, respira pelo nariz. Não, não abre a boca senão entra água.

Faz assim.

Vou fazer pra vc ver.

Faz assim igual à mamãe, ó!

E nada... aquele medo todo e quando insistia muito ele fingia que tentava e começava a tossir...rsrs

Até que acontece de ter feriado nos 2 dias de semana que ele tem natação. Então eu levei ele pra minha aula.

Pelo menos fica lá no cantinho da piscina brincando...

Aí de repente:
Mãe, olha só o que eu sei fazer!!

E pimba...aquele mergulhão!!!

Mãe, conta quantos minutos eu fico debaixo d'água!


Eu nem acreditei,né?
Pedi até pra fazer de novo pra ver se eu não tava sonhando...rsrs

Pois é, a gente fica em cima, insiste, incentiva, ensina, crente que tá abafando, mas tem horas que o que eles querem mesmo é ficar sozinhos pra tentar.

E realmente, acho que até a gente tem um pouco disso...quando temos que fazer algo que não sabemos, ficamos meio inseguros de fazer pela primeira vez com alguém olhando. Principalmente se sabe que aquela pessoa vai te julgar e te dizer como fazer direito... Aí vc vai lá no cantinho, tenta de novo sem pressão e consegue!

Mas aí depois tb bateu aquele orgulho,sabe? Que lindo ele tentando se virar sozinho. Afinal, ele é uma outra pessoa, não está mais em mim, não é mais um bebê.

Engraçado por que logo depois que ele nasceu aconteceu algo parecido comigo e com a minha mãe e ela ficou meio chateada...e olha que eu já tinha 17 anos!rs

Meu leite tinha empedrado e eu precisava sugar com a bombinha, mas eu tava morrendo de dor, extremamente irritada. E ela queria fazer pra mim...

Aí eu disse: Eu vou fazer, é o MEU corpo, tem que ser no MEU ritmo, vc não vai conseguir saber quando estiver doendo.

Pra mim foi difícil falar aquilo, pois eu sei que ela daria a vida por mim e queria ajudar. Mas ela não podia sentir a dor por mim, era uma coisa que eu tinha que passar,sabe?

Eu sei tb que foi dificil pra ela ouvir aquilo, pq ela tinha uma enorme dificuldade de me ver como uma pessoa separada dela.

Acho que toda mãe tem um pouco disso.

Afinal, filho surge dentro da gente, cresce dentro da gente, sai de dentro da gente fazendo um certo estrago (que a gente perdoa por amor, mas faz estrago,né?), depois se alimenta da gente....e como é que não é nosso?

Principalmente nos primeiros anos a gente vive meio que numa simbiose com ele. Sofre junto, chora junto, parece até que sentimos as dores que ele tá sentindo quando fica doente....


Mas a gente tem que saber que tem que ir soltando as amarras, cortando o cordão umbilical. Claro que um lacinho sempre fica, afinal que marmanjo não gosta de ser mimado de vez em quando?

Mas tb temos q deixar ele crescer, sem dor, pq lá no fundo ele vai ser sempre o meu bebê, vai ter sempre meu apoio quando realmente precisar

4 comentários:

  1. Que delicia de texto! =)

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  2. Maravilha, hein, mamãe!

    Essa ternura de mãe é a coisa mais linda do mundo!!

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  3. adorei amor!!! qyeria poder participar desse momento... não deu, mas depois quero ver as fotos e videos!!!
    beijos meu amor

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  4. Texto super fofo!!!! Quer um livro meu de presente? Acabou de ganhar! Manda o seu endereço para renatabelmonte@yahoo.com.br que vou enviar o livrinho do Vestígios para vc!
    Bjs

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Tem alguma coisa que vc queira me dizer?