segunda-feira, 28 de setembro de 2009


A inspiração é o processo de sugar o ar para dentro do organismo, para depois liberá-lo para fora do corpo através da expiração.

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Não, fiquei doida não...nem é aula de anatomia!rs

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Mas é que eu tava pensando que a inspiração filosófica ou poética, ou algo parecido, tem algo a ver com a orgânica...

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A gente vê ou ouve algo, leva pra dentro, filtra o que "é bom" (no caso, o que nos interessa), pra depois sair um "ar novo".

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Ok,ok, é viagem na maionese...vamos lá, ao texto em si: (aliás, esse ´um daqueles posts contínuos, sabe? Que quando der na telha eu vou escrevendo mais e ele tá sempre se renovando)


Minhas maiores inspirações são:


- "O fabuloso destino de Amélie Poulain". Um filme lindo, recheado de boas idéias, daqueles pra ver quando se perde a esperança em dias melhores.


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- Minha mãe. Ela faleceu há 5 anos, mas nossos momentos juntas estão na minha lembrança com força total, ainda hoje escrevo pra ela. Não posso saber exatamente o que houve e como ela se sentiu/sente, mas gosto de manter essa ligação com a memória dela. Quando a saudade aperta, escrevo uma carta pra ela e guardo. Não gosto de pensar que ela nunca vai ler, na verdade nem sei pq guardo, mas no momento que escrevo, me sinto conversando com ela.

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- Meu filho - pq criança é sempre luz na minha vida. Tem sempre uma idéia nova, uma observação engraçada, uma curiosidade meio doida pra tirar a gente do sério. Sem falar na delícia de abraço que ganho todo dia quando chego do trabaho!!!

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- Diário - pra organizar as idéias e enfeitar as lembranças!

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- Livros - pra conhecer histórias e fazer pensar.

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- (continua..)

Na natureza selvagem


Vi o filme ontem, deu vontade de ler o livro! Desde criança eu viajava na maionese que ia fazer isso...largar tudo e viajar só de mochila! Mas não vou ter coragem (por enquanto...rs)


Depois de terminar a faculdade com brilhantismo, Chris McCandless, jovem americano saudável e de família rica, doa todo o dinheiro que tem, abandona o carro e a maioria de seus pertences, adota outro nome e some na estrada, sem nunca mais dar notícias aos pais.
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Dois anos depois, aparece morto num lugar ermo e gelado do Alasca.
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Por onde andou, o que buscava, por que morreu?
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Quem era realmente Chris McCandless?
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Para responder a essas perguntas, Krakauer refaz a longa saga do aventureiro até seus triste desenlace.
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Uma história verdadeira, mas com todos os ingredientes de um romance de ficção.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Por que não acredito em Deus

Acho que toda essa história é uma tentativa de fuga.
Fugir da realidade, da certeza de que não temos certeza de nada.
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Ninguém sabe quem ou o que nos criou. Vc estava lá pra ver? Pois é, eu tb não. Acho perda de tempo discutir de onde viemos e pra onde vamos depois de mortos.
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Alguém lembra de algo antes de ter nascido? Não nos lembramos nem dos tempos das fraldas! E depois da morte...quem foi que voltou pra nos dizer como é?
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Tudo suposições, historinhas criadas pelo homem pra nos tirar da angústia da possibilidade do nada, da inércia. Aí surgem várias hipóteses, as pessoas vão escolhendo as que melhor lhe convém (ou já nascem predispostas, de acordo com a família...as vezes nem são convidadas a questionar), e assim nascem as religiões.
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Claro que é muito melhor colocar a culpa em alguém. É mais fácil dizer "Deus quis assim" do que assumir a responsabilidade de seus atos.
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Não acreditar em Deus significa acreditar em si próprio. Poder fazer todas as perguntas, a si mesmo, sem a certeza da resposta, e isso nem mata ninguém, porque afinal certeza é uma coisa que nunca vamos ter. Não importa o quão acalorada seja essa discussão, ninguém nunca estará certo simplesmente porque não sabemos.
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É confortável acreditar que Deus existe e por um bom tempo tb aceitei a comodidade dessa crença, mas prefiro assumir a idéia que me parece mais sensata.
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Não ter Deus na minha vida é poder confiar nas minhas decisões pelo simples fato de serem minhas. Viver sem recorrer a Deus significa ser dona dos meus atos. É poder aproveitar a vida que tenho hoje, sobre a qual posso agir, sem qualquer outra certeza.
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Sem culpa, sem cobrança, sem ninguém pra me castigar, recebendo apenas as consequencias dos meus atos, sejam boas ou ruins, sem me sentir julgada por um suposto alguém superior. É uma sensação de liberdade incrivelmente real!
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Respeito as crenças de cada um, essa é apenas a minha opinião, não tenho o objetivo de convencer ninguém a nada, meu propósito é apenas registrar a minha crença (ou falta de...).

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

- Mãe, o que é orfanato?
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- É um lugar onde moram crianças que os pais já morreram ou que não podem ficar com elas...
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- Não podem ou não querem,né?
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(silêncio... pensando: "E agora, o q eu falo?)
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- É mãe! Tipo aqueles que não tomaram aquele remédio que vc toma, o anti-bebê!

Minhas queridas


"Minhas queridas" tem uma importância singular para entender a trajetória literária de Clarice Lispector e, mesmo, apontar novas leituras sobre a sua biografia. Organizado pela professora Teresa Montero, autora da biografia Eu sou uma pergunta (Rocco, 1998), o livro traz 120 cartas inéditas escritas por Clarice Lispector para as irmãs, Tania Kaufmann e Elisa Lispector, entre 1940 e 1957. Enquanto relata suas impressões sobre as 31 cidades por onde passa, as novidades da literatura, da música, do cinema e do teatro, a descrição do seu processo criativo, suas angústias acerca da publicação e repercussão de seus livros, a escritora mostra a história do amor e da ternura entre ela e suas irmãs, onde a vida privada é pontuada por momentos importantes da história política da Europa e dos Estados Unidos. A coletânea chega às livrarias em novembro, encerrando o ciclo de comemorações pelos 30 anos de A hora da estrela, publicado em outubro de 1977. No período abordado no livro, durante os 13 anos vividos no exterior, Clarice Lispector escreveu dois romances – A cidade sitiada (1949) e A maçã no escuro (1961), visto que O lustre, publicado em 1946, já estava concluído quando a autora mudou-se para Nápoles e vários contos, incluídos nos volumes Laços de família (1960) e A Legião Estrangeira (1964). As cartas permitem acompanhar, portanto, o processo de realização destas obras e a reação da autora às impressões da crítica especializada e de amigos mais próximos. Mas a ânsia em receber notícias das irmãs parece tão grande quanto a necessidade de escrever: “... Penso que vocês acham que eu levo tal grande vida que menos cartas, mais cartas, me dá no mesmo. Que eu levasse essa tal maravilha de vida, e precisaria de cartas de vocês”, diz Clarice, de Nápoles, em 1944.

- Putz esqueci de tomar o remédio!
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- Vc tá doente, mãe?
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- Não, filho, é aquele remédio que a mamãe tem q tomar pra não ter neném...
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- Poxa, mãe, vc ainda tá tomando isso? Eu quero um irmão!